Gamers brasileiros fogem dos piratas
29/08/2006 Jocelyn Auricchio

Resistindo à facilidade e preÇo baixo da pirataria, jogadores gastam mais para ter o prazer de jogar 100% originais

Há pouco tempo, comprar um console ou títulos de videogame originais no Brasil era uma verdadeira saga. Difíceis de encontrar, a única alternativa para quem queria jogar era se esgueirar pelos apertados corredores das galerias do centro da cidade, para comprar produtos contrabandeados em lojas escuras. Garantia era um mito distante. E mais improvável ainda era conseguir um produto de procedência conhecida.

Mas esse panorama está mudando. Nunca foi tão fácil comprar um game original. Grandes lojas e até tradicionais redes de livrarias, como a Saraiva, estão aderindo aos consoles, de olho em um consumidor que cresceu jogando e hoje não se importa em gastar pelo menos R$ 200 por título original e até R$ 2.600 em um console de nova geração.

Redes de lojas especializadas em jogos, como a UZ Games, estão bem atentas ao que o jogador de hoje deseja. Presente em dez shopping centers da cidade, a loja oferece as últimas novidades em ambientes futuristas. Lugares claros, decorados com aço escovado, acrílico e muita iluminação azul, imitando o visual dos novos consoles, como o Nintendo DS Lite.

“O jogador não quer ser tratado como criança”, afirma Marcos Khalil, um dos proprietários da rede. “Os mais velhos querem comprar qualidade dentro de um ambiente que tenha a ver com seu estilo de vida. E os mais novos não aceitam ser chamados de crianças”, diz.

Mas o privilégio de jogar originais não é para os fracos. Além da disposição em pagar mais de meio salário mínimo por jogo, existe toda uma filosofia por trás da opção pelos legítimos. Respeito pelo desenvolvedor do jogo, receio de danificar seu console e até mesmo devoção pelos fabricantes são as principais motivações de quem não aceita a pirataria. A coisa é tão séria que jogadores adeptos da pirataria chegam a hostilizar quem usa apenas originais, indignados com o que eles chamam de desperdício de dinheiro.

fonte: link estadão
edição: equipe cultzone

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